Eu digo não

Eu digo não

julho 20, 2021 Off Por Jan Britto

O pincel surgiu na pré-história quando os homens pintaram as paredes das cavernas, no Período Paleolítico. Para a realização dessas pinturas eram utilizados instrumentos de pena, pelos de animais, cabelo humano e galhos. Era o que tinha no momento!

Mas hoje o uso de cerdas animais não se justifica. Usamos pincéis quase todos os dias, para aplicar maquiagens, cosméticos e tintas de diversos tipos. Mas poucas vezes nos preocupamos em saber como são feitos.

Minha desconfiança aumentou quando comecei a fazer aulas de pintura e fui instruída a utilizar pincéis de pelos naturais; pelos de Marta como os pincéis raros e caros Kolinsky. EU COMPREI alguns desses pincéis, influenciada por colegas de pintura, professores e vendedores de lojas de materiais artísticos.

Mas depois que descobri como eles eram feitos, desisti. Se as cerdas são naturais, elas só podem ser feitas de uma coisa: pelos! São retirados de animais, vivos e mortos.

Os vendedores e fabricantes, informam que os pincéis de cerdas naturais são feitos do pelo do animal das regiões mais macias da pelagem. Essa pelagem é raspada dos animais e esses pincéis são caros e raros, pois são coletados artesanalmente.

O que ninguém jamais vai te dizer, é a dura verdade por trás da produção desses pincéis.

Eu não uso cerdas naturais nem para as peças de decoração, nem para as telas e muito menos para as paredes. Sei que os animais que cedem estas cerdas vivem em cativeiros para fornecer as mesmas. E vivem assim trancados até morrer!

Digo sim à sustentabilidade e preservação de nossa Terra Mãe! Dela e de seus filhos.
E você pode fazer a mesma escolha. Pinceis sintéticos tem a mesma qualidade nos dias de hoje. É uma questão de escolha afetiva e responsável.

Fique na luz!